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RENATA XAVIER ESCREVE SOBRE AS RÁDIOS "ADULTAS"

Escrito em 22 de abril de 2004 por Renata Xavier.

Trabalhei como locutora nas rádios Fluminense FM (out. de 1989 a fev. de 1991), Universidade FM (nov. de 1992 a abril de 1994), Globo FM (em dois períodos: out. de 1995 a out. de 1998 e março de 2004) e Antena 1 (de set. de 2001 a set. de 2003). Ao pesquisar alguns sites de música e rádios FM dei de cara com esse site, que acabei visitando. Muito me surpreendeu o contraste entre os diversos artigos sobre as rádios cariocas, suas programações e administrações - alguns bastante críticos - e a primeira página do site, trazendo breve resumo sobre as programações das rádios FM. No que se refere a essas rádios por onde passei, mal pude reconhecê-las pelas descrições dessa abertura. (Agora me lembro que comecei a ler o site de vocês quando buscava no Google notícias sobre a Rádio Pop Goiaba, iniciativa do meu amigo e programador Cláudio Salles).

Sobre a Fluminense, li muitos comentários truncados. Talvez o de Sérvio Túlio tenha me soado mais familiar (foram várias gestões, várias orientações e desorientações). Para mim, a Rádio Fluminense de verdade foi a que o Luiz Antônio Mello lutou para fazer nas duas vezes em que coordenou a emissora.

Sobre o rótulo "adulto contemporâneo", gostaria de dizer que é um tremendo "saco de gatos" em que as rádios que se dizem desse segmento vêm colocando qualquer coisa. O gênero abarca do soft rock mais manjado (nada contra; o autêntico soft rock é bom), misturado ao pop dançante e ao pop-jabá dos últimos tempos. Nem dá para comentar de forma geral, mas não vejo coerência nas seleções musicais das rádios desse segmento. Sobre o rótulo "adulto-contemporâneo" acredito que deveria se fazer um esforço no sentido de se tentar personificar que ouvinte seria esse que aprovaria tal programação - não consigo ver esse gosto estroboscópico distorcido como sendo " o gosto" de uma pessoa individualizada. Um grupo de ouvintes que reunisse indivíduos que espelhassem essa mistura, muito menos. O que acontece é que cada um que ouve rádio "adulta" hoje pode refrescar a memória com alguns hits mal pinçados e não se identificar com os lançamentos, o que leva o ouvinte a "zapear" pelo dial, sem se fixar em nenhuma freqüência.

Quais serão os flash backs que teremos no futuro?

Continuarei pesquisando sobre música e rádios FM na internet...

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